outro dia, poderia ser só mais um dia, mas não, era um dia diferente para João... primeira vez em que era embarcado na traseira de um caminhão rumo a um canavial... um misto de orgulho e incerteza... por um lado, orgulhoso, ainda com seus 13 anos deixaria a meninice para se fazer homem... por outro lado, incerto sobre o que deveria fazer, o que viria desta passagem...
lá se fora João... facão, bota, pouca comida, muito trabalho... uma floresta de cana... corta, corta, co r ta, co r ta, fim do dia, cana ainda muita sem cortar...
recebera poucos viténs pela mercadoria vendida )seu corpo franzino(... não entendia João como alguém poderia ter conseguido tantas terras e plantado tanta cana... aquele que o pagava dissera que eram os melhores patrões...
lembrara João daquele velho de alguns anos atrás... também da resposta daquele caminhoneiro sobre carros e caminhões...
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