terça-feira, 22 de dezembro de 2009

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L E T R A
que sentido faz a letra sem que tenha outras letras?
para que se fazer letra quando a letra não tem nada?
"letra" já requer mais que a própria letra, seja qualquer que for a letra...
a letra é só e só uma letra não é mais nem menos, é só...
dor aquela daqueles que fazem da letra seu vício, sua paixão...
desejo, tormento, dúvida em ser um "homem comum"?

)letras que vieram atormentar o pensamento depois da leitura daquelas bem relacionadas nas "aventuras da menina má"(

domingo, 6 de dezembro de 2009

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Acabo de assistir mais um documentário sobre a nefasta ditadura militar brasileira...
ENTRISTEÇO...
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Não só porque fomos torturados, assassinados, humilhados, massacrados, enganados ]“só” não se aplica de modo algum a estas desumanidades[, mas ainda porque resolvemos esquecer que fomos torturados, assassinados, humilhados, massacrados, enganados...
Resolvemos na transição lenta, gradual e segura rapidamente esquecer a ditadura, assim como muitos de nós resolveram acreditar que a repressão, o massacre, a miséria aos que lutam por um “nome” em nossos tempos de “paz” é justificada...
NÃO...
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Houve mortos, lembremos do porque morreram...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

língua II

Pensei estar louco, até ver borboleta gostar de ser flor! Que levas bela recusar um amor que te dedica asas a outro que te confere raíz?
Não, não compreendo... a esta loucura não compartilho... afinal, ao quixotesco de que vale a certeza da loucura sem a aventura da liberdade?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

língua...

é isso aí leitoras e leitores... vamos por aí caminhando sem saber pra onde... nos perguntando pelo amor, pela dor, pelo desejo, pelo desespero de viver e não poder fazer mais nada do que viver...
outro tempo diríamos que a vida tinha mais sentido, sabíamos o início, o meio )talvez( o fim... as 'grandes narrativas' nos protegiam e nos acalentavam diante dos obstáculos... era só mais uma contingência no caminho da ordem e do progresso...
por onde andam as certezas? a liberdade conjuga-se com a angústia, com o desejo...  a razão do caminho, da trilha, da linha, da reta...
a reta? decidimos pelas curvas que nos curvam, poucas respostas, dilemas, vinhos e mais vinhos... mais sonhos, sim, mais sonhar, e o caminho?  ao quixotesco a aventura da liberdade sem a certeza da loucura?
só mais uma gota de vinho resta, um brinde a Dulcinéia...

sábado, 3 de outubro de 2009

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A vida dá cada reviravolta, não é mesmo? )ou quem sabe seja o retorno daquela marca que insiste em repetir...?( As coisas acontecem de um modo tão inesperado que nos assustam por vezes... tenho me espantado nos últimos tempos, angústia... um tanto de angústia com desenlaces muito pouco esperados... é, caro leitor, que risco é viver, não é mesmo? deve ser por isso que alguns se agarram em deuses, pena que já meio que dissolvi este lugar em mim... será mesmo que valeu a pena? É, cara leitora, a esperança anda tão pequininha... poderíamos falar aqui de neuroses obssessivas na luta contínua pelo controle da roda da vida... ou quem sabe ainda de fantasias persecutórias e verdadeiras loucuras do viver...
Humm! Acho que não lhes interessa muito, não é, ficar aqui cruzando estas linhas tão desperançosas? Mas é que a vida anda dura... há amizades que parecem pouco sinceras... e sabe aquela bella amor? Pois é, não deve saber mesmo... mas vou lhe contar: ela não sai de mim e já não sei o que fazer... ah, caras leitoras, não sei se me conhecem, e também não sei quem são...

eu não sou ninguem de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer,
Na manhã de um novo amor...





quarta-feira, 23 de setembro de 2009

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Cravos )rosas( e margaridas.... é... acho que temos andado pouco românticos nos últimos  tempos – ou românticas diria... afinal, será que não são elas que mais têm escolhido mcdonalds a jogos mais aventureiros e belos?...
Tenho pensado bastante sobre o que significa o amor nestes nossos tempos... se foi ou apenas anda atropelado por outras coisas mais?... prefiro apostar que podemos afastar alguns gigantes, limpar os jardins e, assim, fazer das rosas novamente cor de rosas – ou quem sabe das margaridas um pouco mais amarelas... não nos esqueçamos dos cravos, dos lírios ou daquelas flores do campo que na pequenez de seus detalhes nos fazem acreditar que o amor persiste, a i n d a que esquecido...
Se já nos tivesse abandonado não estaria aqui a escrever e vocês, poucas e caríssimas leitoras, estariam a fazer outras coisas mais... vai assim mesmo pelo feminino... gramática e amor é preferível não andarem muito juntas, a sintaxe pode atrapalhar a aventura...  e também porque dedico estas linhas )mesmo que tortas( a borboletas que escolham por fazer de nossos tempos um pouco mais quixotescos... 

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

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Passo as folhas de jornal e, por vezes, pergunto-me qual sonho há por trás daquelas letras em folhas meio cinzas...

“Maior crise dos últimos tempos”, “Bancos em concordata: governo norte-americano vai investir milhões de dólares”, “Corte do IPI faz com que a indústria automobilística se recupere no país”; “Guerra no Iraque se mantém”, “Israel e Palestina: mais um dia de confronto”, “Brasil ainda registra um dos maiores índices de desigualdade social”, “ONU mais uma vez se reúne na busca de resolução do conflito”; “Brasil: rumo à próxima copa do mundo”, “o craque está de volta”, “jogador é vendido por 30 milhões de dólares para o futebol europeu”, “BBB 20: a emoção está de volta”...

Se há sonhos parece que eles não são muito contados, ou melhor, são contados de maneira que o que fazem é quem sabe acizentar os sonhos daqueles que as lêem... que outras possibilidades à crise, se nos arrastamos no meio da lama de desigualdades há séculos? Que outras versões à guerra, se já temos as investidas da ONU? Que outras alternativas à felicidade, se já temos o “circo” e a meta dos milhões de dólares (Em busca da felicidade)?

É... parece que a liberdade tem sido prescrita e que desconfia-se da igualdade... fraternidade já nem mesmo se toca o nome, ou melhor se restringe ela aos momentos de comoção nacional ... copas do mundo...

Tenho pensado em largar um pouco as folhas meio cinzas e dirigir os olhos para o que tem sido feito fora delas... “Novas formas de produção são construídas: a igualdade é o centro da proposta”, “Movimentos lutam pelas mulheres terem o direito de decidir: a proibição do aborto é a afirmação de uma subordinação”, “Universidades públicas são pressionadas para promoverem acessos mais democratizados”, “A propriedade privada mais uma vez colocada em questão: um basta à concentração de terras”, “Em busca de sociedades mais justas: movimentos sociais distintos na luta pelo fim de preconceitos e sociedades mais plurais”...

É... quem sabe ao contar estas outras histórias sonhos voltem a emergir e, assim, mais tempo seja utilizado para pensarmos e construirmos igualdades, liberdades, fraternidades... não parece ser fácil, não é? Nada assegura que seremos mais felizes, mas parece que amaremos mais...

Volto a passar mais algumas dessas páginas meio cinzas, mas agora na esperança de dar umas olhadelas para aquilo que tem sido escrito fora delas...

sexta-feira, 31 de julho de 2009

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sinto
cinto
apertado
................ quase, nunca seria

.................................................................... longe

................ espacialidades trocadas

perseguir a distância não basta... pru dên ci a... temporalidade
não resta mais nada

sábado, 13 de junho de 2009

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mais um quadro da peça da vida! Neste entra e sai de cortinas surge um bêbado, uma donzela, um equilibrista, algumas saudades... do bêbado aproximo para descobrir as aventuras da sarjeta, e olha, há um tanto de experiência ali: solidão às vezes, mas também muitos risos e diversão... da donzela, belas coxas, bom cheiro, vontade de ficar perto e junto no calor daquele colo deslumbrante...
as saudades vão aí se construindo e se construindo... como é bom tê-las, sinal de que a peça vai deixando marcas no caminho... ah! o equilibrista? com esse aprendo a emoção da corda bamba, o desejo do risco, o riso da indeterminação, mesmo que no entra e sai de cortinas a vida nos pregue a peça dos portos seguros...

domingo, 17 de maio de 2009

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A arena... lotada... gladiadores a postos... todos à espera do enfrentamento... Sai dia, entra dia... todos se enfrentando e à espera do enfrentamento... Alguém levanta de uma forma diferente, grita pedindo a palavra... continuam se enfrentando e à espera do enfrentamento... Cai ao chão, se ergue e novamente grita pedindo a palavra... todos em ato, nada de voz... somente ruídos...

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Se ergue novamente, agora já bem machucado, mas ainda na insistência de gritar pela palavra... novo golpe... não só não se faz voz, agora também agoniza...

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Que palavra queria ser dita? Que ruído queria se fazer voz? Suspeito que a palavra podia ser amar... e se amar revoluciona é somente porque envolve mais de um... como dizê-la? as linhas tortas ainda não sabem como ser escritas...

domingo, 3 de maio de 2009

Sonhar
Só ar
Sem ar...

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Se alguem disser: Pare!
Posso até parar
Mas manterei os olhos no horizonte...

Se disser: Fique!
Posso até ficar
Mas manterei os olhos no horizonte...

Se disser: Siga!
Posso até seguir
Mas sem perder os olhos daquele lugar...

Pode ser que não haja horizonte sem aquele lugar... e que aquele lugar só exista como reflexo de um horizonte que estamos por aí... a procurar... a procurar... que o desejo seja bella, por mais que aflija a angústia do esperar...

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mu mu mu mu mu mu mu có có có có có có có pô pô pô pô pô pô pô mé mé mé mé mé mé mé.

Tudo igual! Maria às seis levanta, faz café, pega o ônibus, vai trabalhar. Maria almoça, mesmo restaurante, mesma comida, hoje é feijoada, como era na sexta passada. Volta para casa, ônibus de novo, faz o jantar, toma seu banho e lá vai ela deitar.

João do butiquim, também tudo igual! Francisco empresário, tudo igual! Cadê a novidade? Naquele estudante, esperança da humanidade? Ih, mais uma vez tudo igual!

Ai ai seu inventor... dos homens se fazem cabras... cadê a novidade? Será que a máquina quebrou? Vamos ver se hoje o locutor fala um pouco de amor, pode estar aí a novidade... quem sabe este desregule as práticas e enlouqueça as engrenagens... não levando a quebra da máquina, mas nem também à sua perfeição... os limites no seu contrário são semelhança e repetição...

có mu mu mé pô mé có mu pô tá té mi sol có mé lá só có mi ré pô mu có do lá mé mu do ré...

domingo, 26 de abril de 2009

Não muito distante...

Belo Horizonte, 08:30 da manha, quarta-feira, no interior de um ônibus... uma senhora idosa começa a passar mal diante do extremo calor do ônibus lotado... pessoas começam a se levantar de seus bancos para ver a senhora que ofegava... ofegava... muita falta de ar...
O ônibus continua seu percurso... pessoas continuam a se aglomerar em volta da senhora que cada vez mais se vê em dificuldades de respirar... um grita lá de trás: “faça isso!!!” Outra grita: “faça aquilo!!!”... pessoas se aglomeram...
O trocador então se levanta e se junta também à senhora para ver o que ela sente... desespera-se... corre ao motorista que também se desespera... o ônibus pára... alguém la trás grita: “ow... eu atrasado!!!” O ônibus se mantém parado e o motorista agora fala ao telefone... resolve por chamar o SAMU...

E a mulher??? Continua a passar mal... sem ar... ofegante... ônibus parado... motorista abre as portas do ônibus... todos descem... as fofocas entre os passageiros se avolumam: “e agora?” “como vou fazer?” “ja estou atrasado!!!”

A mulher ofegante... motorista ainda ao telefone... nada acontece... só fofocas e mais falta de ar da senhora... logo a frente havia um hospital... mas... era particular, a senhora não podia ir para lá...

Avista-se um carro da Bhtrans, alguém tem a idéia de ir até eles... a Bhtrans também liga para o SAMU... nada se resolve... apenas a senhora cada vez mais sem ar... decide-se: “vamos levar a senhora para o Pronto-Socorro” – está um pouco longe, o trânsito bem tumultuado, mas o hospital ao lado é particular...

Bhtrans à frente... ônibus na tentativa de acompanhar... mas quem disse que os outros veículos entendem o que está acontecendo?... passa a Bhtrans, o ônibus fica, pois outro veículo já fechou a passagem rapidamente... também devia estar com pressa, atrasado... não podia dar passagem!!!

Lá vai a senhora ofegante... o fe gan te... oo fee gann tee... ooo feee gannn teee... mais um veículo fecha a passagem... mas o hospital próximo era particular...

Ahhh... já ia me esquecendo... sabe aqueles e aquelas passageiras que fofocavam fora do ônibus??? Pois é... não puderam continuar no ônibus... este tinha que ir direto ao Pronto-Socorro... ficaram por lá a espera para entrarem na porta traseira do próximo ônibus lotado... onde tomara não venha mais um a passar mal... afinal, continuavam a dizer durante o momento de espera: “pra quê uma velha daquela vem tomar ônibus nesta hora de trânsito!!! Vou chegar atrasada!!!”
Eita fraternidade!?!? Parece que foi mesma esquecida juntamente com a igualdade - o hospital do lado era particular... ahhh... a senhora???...

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Eita coisa louca que é essa que acabaram por chamar de amor... negócio esse que nos foge, que enlouquece, que nos deixa meio assim... você sabe!...
Um dia desses amigo meu (afinal dessas coisas a gente não costuma falar da gente mesmo) andou por ai sentindo uma dor estranha, dor que não passava nem a base de remédio e reza forte... disse que tinha sido chamada de angústia... pelo nome pareceu-me mesmo que não era uma coisa boa... an gússs ti a... soa mal né?
Mas aí me explicou que aquilo (a an gússs ti a) tinha como causa o amor... e foi ai que pensei: como podia tão belo sentimento e que soa tão bem - não é!? - levar àquela dor? e aí foi me contando toda a história... como o olho dele brilhava quando falava dela!!! é... dela mesma, aquela que aqui não direi o nome, mas por quem ele sentiu aquilo que para falarmos temos que encher a boca: a moooorrrrr...
Hoje ele carrega esse trem de angústia no peito e não anda sabendo se aquela ainda namora... eita trem doido esse trem de an gússs ti a também né? dói dói, mas não consegue apagar o fio de esperança que o amor teima em deixar...

domingo, 19 de abril de 2009

Andei hoje a pensar sobre os leitores, leitores de muitos textos na pluralidade da informação... acho que tal pensamento apareceu por acreditar que nossos amores, assim como nossos leitores são em muito nossos desconhecidos... escrevemos para eles, pensamos neles, mas sem termos a certeza se é aquilo que gostariam de ouvir ou se a nós desejariam acompanhar...
Essa questão, que nem sei se alguma importância possui, fez-me lembrar de uma certa crônica de um livro do Graciliano Ramos que compartilho:
"Amável leitor.
Não tenho o prazer de saber quem és. Não conheço teu nome, tua pátria, tua religião, as complicadas disposições de teu espírito. Ignoro se tens a ventura de ser um pacato vendeiro enriquecido à custa de pequeninas e honestas trapaças, ou se és um celerado de figura sombria, calças rotas, botas sem saltos e paletó ignobilmente descolorido com remendos nas costas e sonetos inéditos nas algibeiras. É possível até que sejas uma adorável criatura de tranças louras e dentes de porcelana e que agora, de volta da igreja, onde ouviste uma detestável missa rezada por um velho padre fanhoso, abras este jornal para afugentar um bocado de tédio que encontraste escondido entre as páginas de teu manual encadernado a madrepérola.
Não te conheço. Entretanto, envio-te isto à guisa de carta meio anônima. (...) Há por vezes ocasiões em que um mísero rabiscador tem necessidade de fazer grandes volteios, circunlocuções sem fim, somente para furtar-se àquilo que algum simplório poderia julgar talvez ser o fito único de um indivíduo que escreve - dizer o que pensa.
Eu me encontro em uma dessas situações embaraçosas.
Mas tu te preocupas pouco com meus embaraços e com o que me vai pela cabeça, não é verdade?
(...)
Não é que deixe de haver por aí uma agradabilíssima récua de magníficos assuntos a explorar. Mas que te importam a ti os assuntos que me são agradáveis?
Eu é que tenho necessidade de estudando teus gostos e fazendo completa abstração de minha individualidade, oferecer-te qualquer droga que te não repugne o paladar. Mas - que diabo! - eu não sei a quantidade e a cor da substância que acaso armazenas no crânio
(...)
Que sei eu de ti? Nada."
Caríssimos, amores e leitores, "que diabo!", o que terei eu de escrever nestas "linhas tortas"...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

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Um dia perguntaram para uma tartaruga sobre o que achava da amizade. Ela não sabia muito, pois os animais passavam por ela muito rápido e, assim, não conseguira até aquele momento estabelecer nenhum vínculo mais forte...
Entretanto, a tartaruga já havia conhecido muitos animais na sua curta e lenta caminhada... animais diferentes: alguns brincalhões que, apesar de ter feito travessuras com ela, a fez alegre por alguns momentos; alguns rancorosos que já passavam por ela reclamando sobre a vida, sem ter, às vezes, motivos para reclamar; outros que lhe deixaram marcas e que quando passaram fizeram da presença uma saudade, seja porque os amou, mesmo não sendo correspondida, seja porque confiou a eles muito de seus segredos e fraquezas, seja porque encontrou neles a possibilidade de fazer a caminhada um pouco mais ágil... ahhh!!! e como tentou apertar o passo para acompanhá-los... mas é isso... se foram mesmo assim...
Curiosa com as palavras da tartaruga, mas já passando por ela, aquela que perguntava resolveu diminuir seu passo e observar melhor aqueles que passavam ligeiros... muitos estavam acompanhados, poucos andavam sós, e na busca de saber dos primeiros sobre o que pensavam da amizade, diziam que tinham amigos de longa data, mas que não eram muitos, pois grande parte dos que conheceram passaram rapidamente por eles, tendo alguns deixado saudade. Contudo, percebeu aquela que perguntava, que neste caso os que se foram o fizeram não pela velocidade da caminhada, mas pela velocidade que impuseram à vida...
Percebendo que caminhantes lentos ou ligeiros sentiam saudade daqueles que marcaram suas vidas, mesmo sendo uma borboleta resolveu escolher caminhar junto à tartaruga... não porque esta era melhor que os outros que observou passar, e sim pelo fato de que apostou em viver a caminhada junto àquela que muitos conheceu, mas com nenhum destes teve a oportunidade de viver mais do que alguns segundos, restando-lhe apenas a emoção da saudade...
Deve ser por isso que dizem que borboletas transformam )se(...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

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ando escrevendo...
não sei para onde
não sei para quem
apenas ando... escrevendo

a vida parece
ou aparece
um punhado de ilusões
às vezes, coisas reais
mais um punhado de ilusões muito passageiras

ando...
não sei para onde
não sei para quem
mantenho sempre a cabeça erguida
e escrevo...

Das considerações iniciais

Não sou um poeta, nem alguém preocupado com a métrica ou com as rimas... estou mais para uma partitura desconexa... partituras... pensei que com elas conquistaria meu último encantamento...
Com relação ao uso dos ... presentes em muito nesta página, foram decorrentes de uma importante consideração de uma amiga sobre o ponto final (.) tenho também pensado nos ( ), afinal ambos en(cerram) o que teima em persistir...